quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Espaço da mulher no esporte e na mídia

Espaço da mulher no esporte e na mídia


Fernanda Hermenegildo
Rukmini Blum

     Ao longo da história da humanidade o sexo feminino foi obrigado a buscar seu lugar de destaque, e com a  participação das mulheres em jogos esportivos, fez com que os veículos de comunicação começassem a noticiar a  nossa presença!! Mas ainda hoje, as mulheres não tem o mesmo espaço  na mídia se comparado aos homens.

Tema, necessário de ser abordado com a sociedade, já que as mulheres tem feitos e destaque no esporte igual ou até mesmo superior aos homens, porém não recebe atenção necessária, ou divulgação de sua participação em modalidades. E muitas vezes quando aparece em alguma noticia, tem enfoque na beleza e ligada a sexualidade. 

Por isso, após leituras sobre a inserção das mulheres ao esporte, a figura da mulher na mídia, com o aprofundamento do texto: " Qual o espaço destinado na mídia impressa para a divulgação da prática esportiva feminina?" por Gustavo Roese Sanfelice e Denise Castilhos de Araujo. 
Onde apresentou dados surpreendentes e ao mesmo tempo desesperador para o sexo feminino. 

Onde realizou uma pesquisa com publicações do Jornal ABC Domingo de 2011 e descobriram que em 31 edições do jornal pesquisadas, somente 12 delas apresentou alguma reportagem retratando a prática esportiva feminina!!! Deixando clara as evidentes diferenças entre os gêneros no espaço da editoria esportiva do jornal. Houve 97,3% de reportagens referente ao gênero masculino e 2,7% femininos. 

É a partir dos resultados da pesquisa, que observamos que a figura da mulher, mesmo trsnspondo vários obstáculos, ainda não está presente nas matérias do referido jornal quanto a presença masculina. 

Por isso, realizamos a obra Mulher Maravilha apresenta: mulheres atletas em busca de seu espaço - história em Quadrinhos. 
Como uma forma de abordagem didática cultural, para trazer a tona essas diferenças ainda presentes fortemente nos esportes, e como foi a inserção da mulher no esporte e na mídia. 
Realizando apresentação do TEMA de forma chamativa e exemplificada de atletas e posteriormente abertura para discussão e entendimento da mulher - esporte - mídia. 

Vale a pena conferir a HISTÓRIA EM QUADRINHOS da Mulher Maravilha

Segue em anexo o texto de fundamentação teórica para a obra e o link dos quadrinhos.




Miséria na fartura.



Boa noite meninas e meninos,
 ta aí nosso trabalho final um pouco fora do prazo porque a vida esta bem corrida. Mas esperamos que este traga  boas discussões para nossa aula e conscientize o povo!!

HáBraços



A visão das crianças no esporte



O vídeo representa a visão de três crianças sobre três esportes diferentes. Conversamos com crianças que pretendem se tornar atletas de futebol, ginástica rítmica e golfe. Cada uma delas interpreta o esporte de uma maneira diferente, mas todas tem o sonho de fazer carreira com ele. Na quinta-feira, será explicada melhor a proposta.


Reflexões sobre a estrutura e o desempenho das escolas

É comum associarmos a qualidade do ensino de uma escola com a quantidade de recursos que ela oferece aos seus alunos. Esses recursos podem ser desde os espaços físicos, que permitam atividades além da tradicional sala de aula, ou tecnologias, que auxiliem na dinâmica do aprendizado. Altos investimentos do poder público acabam, por consequência, se tornando sinônimo direto de melhoria na qualidade da educação. Bom, pelo menos é nisso que muitas pessoas acreditam e que os jornais reforçam…

http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/02/07/governo-anuncia-distribuicao-de-600-mil-tablets-para-ensino-medio.htm

http://g1.globo.com/sc/santa-catarina/noticia/2015/10/com-verba-garantida-52-quadras-de-escolas-esperam-por-reforma-em-sc.html

As reportagens apresentadas são exemplos de uma percepção rápida e pouco problematizada sobre: a) o que constitui a educação; b) como investimentos (e que tipos de investimentos) podem melhorar o aprendizado; c) quais impactos a inserção de tecnologias podem trazer para o ambiente escolar; d) como será (ou está sendo) usada a infraestrutura/tecnologia; e) quem tem (ou terá) acesso; entre tantas outras questões que podem ser levantadas. Normalmente, as notícias se pautam em questões políticas e econômicas, pouco explorando a Educação como eixo principal e que pode ser encarada como editoria ou especialidade. (Faça o teste: jogue a frase "governo anuncia investimento em educação" em algum buscador na internet e leia os resultados. Raramente você encontrará algo bem contextualizado e sem cara de propaganda eleitoral...)

Refletindo sobre a relação entre disponibilidade de recursos e melhoria da educação, resolvemos pesquisar qual é a infraestrutura física e a estrutura tecnológica que as escolas públicas de Florianópolis dispõem. Ligamos para seis escolas municipais, seguindo o critério de ordem alfabética dos nomes, conforme a listagem do site da Prefeitura Municipal. Confira os dados aqui.


A seguir, apresentamos os resultados das escolas no último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, divulgados em 2013. Link.



Os recursos disponíveis nas escolas mencionadas nos surpreenderam positivamente. Talvez, mais, pela expectativa de que "tudo fosse sucateado" ou seguisse o status de "em falta". Além de mapear o que existe disponível, também é importante registrar o uso e alguns depoimentos coletados.

Quem conversou conosco sobre a Escola Básica Albertina Madalena Dias relatou o problema da falta de espaço. Atualmente, a escola comporta aproximadamente 800 alunos e já trabalha com salas de aulas alugadas em prédios vizinhos para dar conta da demanda. Algumas atividades extras dependem do empréstimo das dependências da Associação de Moradores do bairro. Em situações como essa, é comum que as salas-ambiente ou laboratórios sejam desapropriadas para ceder espaço às turmas, visando o objetivo básico das escolas que é garantir o direito de acesso à educação. Há dois anos, a escola cancelou o projeto da rádio que era mantida por um professor. Segundo o depoimento da pessoa que nos atendeu, o professor precisou ser transferido de unidade após sofrer ameaças por ter divulgado uma notícia. A escola Almirante Carvalhal oferece aulas de capoeira e possui a "sala pólo", que dá suporte aos alunos que necessitam de condições diferenciadas para a aprendizagem. Na escola Antônio Paschoal Apóstolo é desenvolvido um projeto de composteira. A escola Batista Pereira oferece o projeto IFSC, que prepara os alunos do 9º ano para prestarem o vestibular e ingressarem no ensino técnico federal. Também oferece oficinas de esportes e uma rádio. Atualmente, a escola Beatriz de Souza Brito está passando por reformas para reestruturação. A previsão é de que no próximo ano letivo todas as atividades extras e espaços diferenciados sejam restabelecidos.

Ofertar mais opções aos estudantes e à comunidade é um objetivo a ser buscado pelas instituições e profissionais de ensino. Daí vale a ideia de fazer render com o que se tem. Recentemente, a revista Superinteressante divulgou uma série de reportagens intitulada #PúblicasExcelentes. A primeira reportagem conta sobre uma escola localizada no sertão cearense, que não dispõe de uma infraestrutura grandiosa, mas que apresenta nível de aprendizagem superior a média de países como a Suíça.



Vários exemplos de projetos desenvolvidos nas escolas estão diretamente relacionados à figura de algum professor. Inclusive, certas demandas só são cumpridas por vontade própria dos profissionais. Enquanto educadores, os professores devem proporcionar um vasto leque de vivências e experiências a seus alunos, proporcionando-lhes, assim, diversas formas de aprendizagem. Sendo assim, através do exemplo da escola da reportagem da Superinteressante, percebemos que quando o foco passa a ser o educando e seu aprendizado, a estrutura escolar passa por outro olhar e julgamento. Obviamente, um espaço escolar adequado e melhor equipado irá facilitar substancialmente a implementação de dinâmicas e projetos, entretanto, quem está à frente de uma instituição educacional não pode ficar refém apenas de estruturas para a implementação de certas ideias. Partindo do princípio de uma educação mais ampla, um aspecto vem emergindo e tornando-se indispensável à formação profissional do educador: o uso de mídias durante o processo ensino-aprendizagem. 

Quando se fala em amplitude, o universo midiático mostra-se como um dos espaços mais amplos em possibilidades. De acordo com dados obtidos através dos telefonemas, todas as escolas municipais consultadas dispõem de um laboratório de informática (ou uma sala informatizada). Diante deste cenário, torna-se ainda mais necessária uma formação de docentes que englobe os aspectos contemporâneos de mídia-educação. Através de tais conhecimentos, este docente será capaz de proporcionar vivências diferenciadas, que até então não são usuais na maioria das escolas, se apropriando deste universo digital de possibilidades educativas. Sendo assim, existe neste processo um potencial enorme de superação de falhas do sistema atual. Pesquisas ou vivências do gênero utilizando as mídias e afins, em conjunto com os alunos, pode-se construir dinâmicas e estratégias que possibilitem experimentações que superem, assim, possíveis dificuldades enfrentadas em relação à estrutura física do espaço escolar.

Para finalizar, deixamos uma playlist com vídeos sobre abordagens pedagógicas da Educação Física que ilustram a importância de conhecimento e criatividade para melhor atuar nos ambientes escolares.


Por:
Eduardo Brandalise e Djalma Júnior

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Educação Física e Literatura

Olá, pessoal! Pensei em uma proposta que estreitasse as relações entre a educação física e a literatura, considerando as possibilidades de intervenção pedagógica que surgem neste processo. A poesia a seguir ilustra a minha proposta, o resto eu conto na quinta-feira.



Passa uma, passa outra
Já não sei mais que se passa
Se meu amigo ler comigo
Já sei mais do que nada

De recorte eu vou fazendo
O dragão que voa ao céu
Voa alto voa baixo
Já não é mais de papel

Pelas árvores vou andando
Os pequenos a me acompanhar
Ante o clamor esbaforido

Tudo é tão devagar



Abraços e até quinta!



O YOGA NA "ONDA" PÓS-MODERNA

O YOGA E A MEDITAÇÃO NA MÍDIA ESCRITA: OS REFLEXOS DA PÓS-MODERNIDADE

O Hatha Yoga como Modismo, Hibridismo e Tradição


Fonte: https://vivendoayurveda.wordpress.com/

Por Juliana Iete Nunes e Thiago Kahl.

É com este título e subtítulo que será discorrido uma resenha crítica para o trabalho final da disciplina de Educação Física e Mídia. Ambos foram retirados da tese de doutorado em Ciências da Religião de Irani Alves Cordeiro Wullstein, intitulado de Yoga, Meditação e Silêncio - Um estudo na tradição de grandes mestres e na visão de Bohdan Wijtenko, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo - PUC-SP, defendida em 2009. Sinteticamente, a tese abordou sobre a vinda do Yoga do Oriente para o Ocidente e analisa, por meios de jornais e revistas, a recepção deste na sociedade pós-moderna. Falou também de uma figura importante nesse meio, o chamado mestre Bohdan Wijtenko, grande especialista em Yoga e Hinduísmo que deixou uma gama de seguidores.

Destarte, entre os capítulos da tese a que propusemos para uma reflexão, foi o capítulo II provedor dos meios de comunicação escritos, jornal e revista, a qual se deu o título de "O Yoga na Onda Pós-Moderna". Partimos para o subtópico "2.2.4 - O Hatha-Yoga como Modismo, Hibridismo e Tradição". Foram conferidos jornais e revistas, do final da década de 60 até o início dos anos 2000, ou seja, quase 50 anos de análise. A doutora Irani fez um grande e minucioso estudo.

O que foi feito: Classificados 26 artigos sobre Hatha-Yoga. 22 têm caráter de "modismo", 04 de "hibridismo" e 00 de "tradição". Estes três termos nascidos pela pós-modernidade significam, respectivamente: Tudo o que está na moda e tem fase curta; combinação de processos socioculturais e herança cultural, legado de crenças. Os artigos coletados tiveram dois tipos de classificação: a) O Yoga da Meditação na mídia e b) O Yoga como Atividade Física na mídia. Dos 60 artigos selecionados, como falado acima, 26 artigos falaram sobre Hatha-Yoga. Abaixo vamos falar um pouco das três faces pós-modernas, em dois trechos da revista Veja (pelo artigo ter chamado atenção) para falar de modismo e hibridismo cada um, mas antes uma prévia do que é Hatha-Yoga.

Yoga, segundo o professor Hermógenes, grande difusor do Yoga no Brasil, reconhecido mundialmente por sua feições dentro desta prática, elucida: é a junção, união, comunhão, integração (HERMÓGENES, 2014). Hatha Yoga etimologicamente quer dizer Yoga do Sol (Ha) e da Lua (Tha), "tendo por objetivo o aperfeiçoamento do corpo e da mente e a utilização das imensas potencialidades que dormem no homem e ele desconhece" (HERMÓGENES, 2014, p. 34). Estes trechos foram retirados do livro BestSeller, do professor Hermógenes chamado de Autoperfeição com Hatha Yoga - Um Clássico sobre Saúde e Qualidade de Vida, 55ª edição, 2014. Hatha Yoga é um dos tipos de Yoga existentes, onde se trabalha a tríade corpo-mente-espírito, através de posturas conhecidas por ásanas, exercícios de respiração ou pranayámas e meditação.
Com a esperança de que o leitor tenha entendido vamos agora para a parte específica do trabalho. Falar-se-á sobre Yoga enquanto modismo e hibridismo. A autora é bem crítica acerca das notícias expostas pelas revistas e muito das falas dele entram em comunhão com falas do Professor Hermógenes e sentidos tradicionalistas.

Yoga como modismo: Um trecho retirado da Revista Veja, do ano de 2003 com o título de Ginástica  - Ioga vira malhação. Técnica ganha popularidade nas academias como modalidade de exercício
Veja: "Em outros tempos, a ioga era procurada apenas para por quem andava atrás de meditação e espiritualidade - isso é passado. Estima-se que hoje 5 milhões de brasileiros pratiquem ioga regularmente, mais que o dobro de cinco anos atrás. A maioria deles é atraída sobretudo pelos benefícios físicos que os exercícios, como músculos mais firmes e flexíveis. Se o bumbum mais rijo vier acompanhado de paz espiritual, melhor ainda." (Grifo da autora).

Eles tratam o Yoga como uma generalidade. O tipo específico que trataria de "músculos mais firme e flexíveis" ... e um "bumbum mais rígido" é a Hatha Yoga (WULLSTEIN, 2009). Primeiramente a colocação dos termos já dão destaque aos adeptos de exercício físico. Qual mulher não quer ter seu "bumbum rígido"? A prática está sendo difundida como ou tal qual uma modalidade de malhação, sendo até a ser chamado de ginástica. Professor Hermógenes diz que sim, a Hatha é semelhante a uma ginástica, mas por seus benefícios. Por exemplo inibir a obesidade. Todavia, difere-se da ginástica ocidental, dinâmica e que chega à fadiga, a ginástica aeróbica (HERMÓGENES, 2014). Todo leigo que ler e não saber essas diferenças pode achar que o "ioga" tenha como objetivo apenas o corpo físico, deixando de lado o real significado dessa Arte Milenar oriunda da Índia, há mais de 5000 anos. A autora coloca que "o Yoga se transformou em exercícios para perder peso, deixar os músculos firmes, modelados e flexíveis. 'Meditação ou espiritualidade' são tidas como mera 'doutrinação ou coisa do passado' " (WULLSTEIN, 2009). Não que a Hatha Yoga não contribua para músculos mais fortes, mas é apenas uma das etapas para a conexão com a "Fonte". Para finalizar e resumir este tópico o professor Hermógenes (2014, p. 32) esclarece a questão do modismo no Ocidente: "Infelizmente, hibernando na superficialidade, os normóticos consumidores de modismos, no Ocidente, estão desviando o Yoga de seus santos e sábios objetivos, reduzindo-o a ginástica a serviço da egoesclerose (a doença do egoísmo). É lastimável [...]". 

Hatha-Yoga como hibridismo: Lincado para a área da saúde. Trecho da revista Veja, de 2002 com o artigo intitulado de É possível malhar durante a gravidez. Exercícios leves são recomendáveis, com orientação médica. As sugestões de exercícios são: Tai Chi Chuan, Hidroginástica, Ioga e Caminhada. Quanto ao Yoga, tratou-se o seguinte: "Ioga - Trabalha a respiração e o alongamento muscular e ajuda no relaxamento. Proporciona uma boa oxigenação para o bebê, sem agredir o corpo. Existem práticas específicas para grávidas".

Mais uma vez o erro de querer generalizar Yoga. O correto para o artigo seria substituir Yoga por Hatha Yoga. Para o trabalho com mamães gestantes é necessário ter experiência na área para intervenção profissional (WULLSTEIN, 2009). Estes tipos de notícias soam como um alerta. É importante saber se o professor possui experiência na prática e também os benefícios que esta traz para a mamãe e o bebê, qual a melhor posição para fazer determinado ásana e contraindicações. Fique atenta (o)! O Hatha Yoga visionado como hibridrismo é originado na Índia por Swami Kuvalayananda (indiano contribuidor do Hatha Yoga como terapia) com o termo "Yogaterapia", para a prevenção de doenças e promoção da saúde, que vem para juntar-se com outras terapias (WULLSTEIN, 2009). Professor Hermórgenes também fazia menção ao termo.
Salienta-se a necessidade real de encontrar o grande significado do Yoga e não tratar os tipos como se fossem um só ou que só exista um conhecido Hatha Yoga. A autora traz que não encontraram nenhum artigo falando sobre a tradição, o que de certo aponta para o que Lipovetsky (1989, p. 268 citado por Wullstein, 2009, p. 152), afirma: "o espírito de moda prevalece quase por toda parte sobre a tradição". Tenha cautela ao se colocar diante de qualquer experimento. Saiba quem são esses profissionais, saiba o real sentido do que quer fazer. Não se deixe enganar por frases prontas que fazem seu coração disparar, pois, às vezes, elas ilustram o puro marketing. Por outro lado é importante o fato de a mídia tornar público o Yoga, mesmo colocando falsas imagens. As pessoas vão buscar se aprofundar (ou não e isso requer cuidado!) mais sobre ela e a descobrir um mundo diferente, com diversas variáveis para se adequarem à prática. 


Esperamos que tenham gostado. Grande abraço leitores. Namastê!

Educação Física: Velhos e novos tempos

Você sabia que no século passado, a Educação Física esteve estreitamente vinculada às instituições militares e à classe médica? Esses vínculos foram determinantes, tanto no que diz respeito a concepção da disciplina e suas finalidades quanto ao seu campo de atuação e a forma de ser ensinada. Visando melhorar a condição de vida, a Educação Física favoreceria a educação do corpo, tendo como meta a constituição de um físico saudável e equilibrado organicamente, menos suscetível às doenças. Na década de 80, a Educação Física era conhecida predominantemente pelos métodos ginásticos, com o objetivo de preparar e doutrinar o corpo, além de uma grande influência no patriotismo. No decorrer dos anos, a Educação Física sofreu outras influências como por exemplo, o método tecnicista. Atualmente, a mesma vem sendo pensada e (re)pensada, sob outros aspectos, na concepção integral do ser humano, sendo um componente curricular obrigatório nas escolas brasileiras. Porém, nos perguntamos, será que um túnel do tempo da Educação Física nos mostraria diferenças no seu modo de ser vivenciada pelos alunos? Confira na aula de quinta-feira. Não percam!!

Possibilidades educacionais com jogos eletrônicos no LabrinCA

Rafael Augusto Cunha
Graduando em Educação Física na

Universidade Federal de Santa Catarina
Diogo Vidal
Graduando em Educação Física na

Universidade Federal de Santa Catarina

Primeiro uma breve introdução sobre o LabrinCA (Laboratório de Brinquedos do Colégio de Aplicação), foi inaugurado em 2003, sendo um projeto de extensão universitária desenvolvido em parceria com diversos cursos da UFSC, tais como Pedagogia, Educação Física, Psicologia, Biblioteconomia e Arquitetura que consolida-se como um espaço de brincar no universo escolar (PETERS, 2015). É uma brinquedoteca escolar que tem como objetivo propiciar o acesso a uma variedade de jogos, brinquedos e fantasias aos alunos do ensino fundamental e permitir a expressão e a experimentação da cultura lúdica infantil.
Neste local a possibilidade de professores desenvolvam projetos de ensino e pesquisa, e graduandos oportunidade de estágios vivenciando distintas tarefas necessárias ao funcionamento de uma brinquedoteca. Nesta perspectiva o LabrinCA busca uma maior integração dos conteúdos sobre a infância e o brincar na escola em diferentes disciplinas e, consequentemente, o aumento na produção e na divulgação científica sobre o tema. (PETERS, 2015).
Na brinquedoteca há cerca de 85 jogos virtuais, contando com Xbox 360, um Playstation 4 e um Nintendo Wii U, sendo a primeira do país esse seguimento de jogos eletrônicos. Criando Algumas relações com jogos físicos e virtuais, tentando contextualizar com os dois seguimentos de jogos. É interessante pensar que existe um projeto que as próprias crianças irão poder auxiliar na criação de jogos, aproximando das suas realidades e ter mais envolvimento com a prática (PETERS, 2015).
Segundo a coordenadora do projeto professora Leila Lira Peters “A gente sabe que não é o jogo em si que vai educar a criança, mas a mediação do seu uso com ela. Essa é a função do adulto. Isso muitas vezes isso não ocorre na família. Vamos tentar educar as crianças para o uso (dos jogos) com discernimento.
O Labrinca busca desenvolver a cultura lúdica por meio do brincar, em crianças do 1º ao 5º ano do CA. O jeito com que elas veem a sociedade em que vivem, como desenvolvem algumas habilidades e a relação com outras crianças são alguns pontos observados para entender o desenvolvimento de suas capacidades cognitivas e sociais (PETERS, 2015).
No dia 27 e 30 de novembro fizemos visitas ao LabrinCA, onde podendo conhecer melhor o ambiente, os bolsistas, a coordenadora, e o projeto. Nas visitas não vimos crianças no local, porém podemos observar que é um ambiente com varias possibilidades, seja de aprendizado ou mesmo para apenas para divertimento. É um local amplo, com vários tipos de jogos, brinquedos, fantasias, e sempre com apoio de bolsistas para auxilio. Desta forma fizemos algumas perguntas para um deles;

Como é feito o planejamento das intervenções no local?
Primeiro é feito uma conversa com as crianças refletindo sobre o que eles podem ou não fazer, posteriormente elas escolhem o local ondem querem brincar, ao final fizemos uma conversa sobre o que aconteceu refletindo sobre os momentos de brincadeiras que se chama roda da experiência.

Quem utiliza mais os vídeos games?
Na maioria são os meninos, as meninas ficam mais com a parte de bonecas.

Já foi feito algo sobre gênero, ou para as meninas se incluírem nos jogos eletrônicos?
Até o momento não.

Com relação aos Horários, como são organizados?
Os horários são divididos por dias, cada dia geralmente vai quatro turmas, duas por período.

A educação física utiliza de alguns jogos eletrônicos?
A educação física geralmente utiliza o Kinect (é um sensor de movimentos desenvolvido para o Xbox 360 e Xbox One, sendo uma nova tecnologia capaz de permitir aos jogadores interagir com os jogos eletrônicos sem a necessidade de ter em mãos um controle/joystick, inovando no campo da jogabilidade).

Em relação ao comportamento das crianças utilizando os videogames?
Elas se comportam bem, sabem dividir e esperar a vez do outro cumprindo as regras pré-estabelecidas.

E em relação com aprendizado?
As crianças se mostram muito atentas e criativas a diversas situações, aprendem muito rápido, há momentos que eles que me ensinam como jogar.

Vimos na fala da bolsista que existe muito aprendizado nos videogames, trazendo elementos do texto de Moita (2007, p.181-182)” “As cores, as imagens e o movimento dos games exercem fascínio e os jovens ficam horas e horas com sua atenção capturada, rendidos ao encanto; assim, modelam suas subjetividade, proporcionando saberes e transformando-os em um currículo mais poderoso que o escolar”.
Segundo a Professora Leila Peters do Colégio Aplicação, no Relatório Parcial de Pesquisa que tem como tema Jogos eletrônicos e brinquedoteca escolar: uma relação possível? Cita que o jogo é considerado como um resultado de um sistema linguístico que funciona dentro de um sistema  social que lhe atribui sentido, configurando-se num sistema  de regras  ou  um objeto que da suporte para a brincadeira. Os Jogos eletrônicos são, portanto uma das formas de manifestações contemporâneas da necessidade ontológica do ser humano de jogar e brincar. Porém, os jogos eletrônicos estão inseridos em uma indústria lucrativa, fator que não pode ser desconsiderado quando se estuda, o tema no universo escolar.  Segundo a Leila na maioria das vezes tais jogos não foram criados com fins educativos, mas estes podem ser utilizados perfeitamente em processos  educativos. Para isto, é necessário conhecê-los.
Em seu relatório Leila, cita o autor Mendes (2006) em que segundo esse autor os jogos eletrônicos educam, mas não seria suficiente que educassem apenas para o consumo. Então, para analisar os saberes envolvidos descreve mecanismos gerais presentes em diversos tipos de vídeo games. Desse modo, considera, considera que: “Ler, contar, memorizar, anotar, registrar, diferenciar e identificar são algumas das praticas cotidianas de vivências humanas presentes também nos jogos, as quais são entendidas neste contexto como técnicas intelectuais que participam da constituição de um tipo de jogador”. Segundo Leila, ele cita que Mendes considera que os jogos eletrônicos também são constituídos de saberes como: corporais, psicológicos, históricos, geográficos, mitológicos, tecnológicos , de marketing para o consumo. Desta forma estes saberes são construídos historicamente usados em distintos campos do conhecimento, como a educação, as mídias, mas também os vídeos games.
Segundo Leila a experiência com os jogos eletrônicos pode exigir, propiciar ou desenvolver habilidades distintas, desde as psicomotoras, e também habilidades cognitivas, ligadas ao pensamento estratégico e raciocínio lógico.
Foto 1: Todos espaços do LabrinCA.

Foto 2: sensor de movimentos desenvolvido para o Xbox 360 e Xbox One, permitindo aos jogadores interagir com os jogos eletrônicos sem a necessidade de ter em mãos um controle/joystick,

Foto 3: consoles

Foto 4: Variedade de jogos.

Foto 5: Jogos eletrônicos.


Educação Física não é só futebol, volei e basquete

Olá, pessoal! Criei esse stopmotion para ilustrar uma discussão sobre a hegemonia dos esportes mais populares (futebol, voleibol e basquete) nas aulas de Educação Física e como nós podemos variar as aulas, utilizando os diversos esportes existentes e que são pouco disseminados no nosso país.

PS: Gostaria de ter trabalhado mais em cima desse projeto, porém tive alguns contratempos e acabei simplificando o video. Espero que gostem.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Oi, pessoal

Segue o link com os webdocumentários da educação na cultura digital.

http://educacaonaculturadigital.ufsc.br/nalinhadotempo/


A ideia do projeto é "compartilhar e construir em rede reflexões e práticas de quem trabalha com a cultura digital sob qualquer aspecto, principalmente compartilhando reflexões e práticas sobre as relações entre a Cultura Digital e a Educação.
A escola é um local de produção de saberes educacionais. Aqui, um espaço para divulgar esses saberes sobre como a escola está se apropriando, intervindo e participando crítica e criativamente da cultura digital".




terça-feira, 24 de novembro de 2015

QUANDO A ESPERANÇA É A ÚLTIMA A MORRER, NOVOS OBJETIVOS SÃO CONQUISTADOS

Indígena de 81 anos aprende a usar computador e cria dicionário para salvar seu idioma da extinção



Ao entrar no site/saite/sitio de notícias/mídia do QGA - Opinião Bem Informada - deparo-me com essa notícia encantadora. É um veículo cheio de novidades e vale a pena conferir dia a dia as postagens. A matéria é curta, foi feita post no dia 12 de novembro. Ao final tem um vídeo, em inglês, sem legenda. Fala da história de uma Californiana de 81 anos, Marie Wilcox, a última de sua tribo que, fluentemente, sabe o idioma nativo Wukchumni. Pela iniciativa de Marie vai ser possível ter acesso ao dicionário já finalizado. Graças ao entendimento que esta teve em relação ao computador, foi possível compilar o primeiro dicionário da língua Wukchumni e talvez o único no mundo. O documentário Marie's Dictionary pode ser visto pelo Youtube
Veja, abaixo, a notícia na íntegra:




quinta-feira, 29 de outubro de 2015

   Como primeira postagem no blog da disciplina, decidi trazer uma sugestão de filme, e ja que estamos na véspera de um feriadão achei que seria interessante.
   Hoje em dia estamos acostumados a depender dos meios eletrônicos, usamos eles para tudo, dificilmente vemos alguém que não tenha um smartphone para ajudar nas tarefas do dia-a-dia. Querendo ou não os aplicativos e redes sociais  já conseguem distinguir nossos gostos e nos indicar temas relacionados, no mesmo instante em que o baixamos ou nos cadastramos, virtualizando nossas vidas cada dia mais.
   O filme conta a história de um escritor de cartas que após o divórcio se torna uma pessoa muito solitária, até que inventam um sistema operacional com consciência e ele adquire essa nova tecnologia, e bem... por aí o filme se desenrola. Vale lembrar que este filme ja foi vencedor do oscar de melhor roteiro com história original, além de contar um excelente ator como protagonista, Joaquin Phoenix e Scarlett Johansson e outra coisa que me chamou a atenção no filme, foi a trilha sonora.
   Vou deixar o trailer aqui embaixo para quem quiser conferir:





 

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Debate entre os candidatos que disputam o segundo turno das eleições para reitoria

O curso de Jornalismo da UFSC está organizando o primeiro debate do segundo turno das eleições para reitoria, que acontece hoje, a partir das 19h. Os candidatos das chapas "A UFSC Pode Mais", Luiz Carlos Cancellier, e "UFSC +", Edson De Pieri, confirmaram presença. A transmissão será feita de forma convergente entre os laboratórios do curso e terá transmissão ao vivo pela TV UFSC (canal 63.1 digital ou 15 da NET), Rádio Ponto UFSC (sintonize dentro do campus da Trindade 106.1 FM) e via Youtube no canal do TJ UFSC, além da cobertura via Facebook pelo Zero Jornal e via Twitter pelo perfil do portal Cotidiano.


O segundo turno das eleições para reitoria acontecerá no dia 11 de novembro em todos os campi da UFSC. Cerca de 39 mil eleitores, entre alunos, professores e servidores técnico-administrativos em educação, poderão votar.

No primeiro turno, realizado no dia 21 de outubro, o resultado das urnas foi o seguinte:

1º lugar: chapa 82 - A UFSC Pode Mais (total dos votos: 29,54%)
2º lugar: chapa 84 - UFSC Mais (total dos votos: 22,49%)
3º lugar: chapa 85 - Somos Tod@s UFSC! (total dos votos: 22,08%)
4º lugar: chapa 83 - A UFSC é o Nosso Compromisso (total dos votos: 12,85%)
5º lugar: chapa 81 - Confiança na UFSC (total dos votos: 11,23%)

terça-feira, 20 de outubro de 2015

Aqui estamos

Temos um mundo posto. Nele, uma turma de 20 alunos da Universidade Federal de Santa Catarina se reúne nas quintas-feiras à noite para discutir sobre a Educação Física e a mídia. Uns cursam bacharelado e outros licenciatura em Educação Física. Tem também um pessoal da graduação em Jornalismo. Professor e mestranda completam o time. Na ementa, o objetivo: “Compreender a espetacularização das manifestações da cultura de movimento como consequência das relações com os meios de comunicação de massa (e as tecnologias de informação/comunicação), pensando estratégias didáticas a partir da Educação Física escolar”.
Crescemos neste mundo posto e nos movimentamos nele. A mídia nos conecta e nos informa. Pode ser um canal de divulgação de conhecimento ou de manipulação. Para o bem ou para o mal, pode ser as duas coisas e ainda servir para outras tantas que a sua imaginação permita pensar. Alguns dirão que Gutemberg deu o start nesse processo quando criou a prensa móvel, que permitiu a impressão em grande escala de textos. Invenções como a fotografia, o telefone, o rádio, a televisão, a internet, têm servido como suporte para estabelecer a comunicação entre pessoas, culturas e gerações. E o corpo em movimento nunca esteve em ritmo tão acelerado de captação, interpretação e produção de informação. É também neste corpo que percebemos os impactos deste processo.
A proposta de alimentarmos este espaço virtual com nossas discussões e sugestões é uma tentativa de ocuparmos a rede e compartilharmos aquilo que pensamos. Vamos sugerir autores, artigos, filmes, livros, sites e outras referências que possam contribuir e acrescentar. Nossas discussões de sala de aula também estarão aqui. Neste mundo posto vamos agir.